quinta-feira, 24 de abril de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Medicinas Alternativas

Medicinas Alternativas
Dr. Fernando Diniz Baptista
Data: 2006-08-09

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre medicinas alternativas ou terapias complementares. No entanto, poucos são aqueles que sabem o que significam estes termos e em que medida essas terapias contribuem para uma melhoria do estado de saúde daqueles que as procuram.

A medicina convencional tem sido até há poucos anos praticamente, de forma geral, a primeira – se não a única – opção para as populações, sobretudo ocidentais.Portugal não é excepção. Contudo, tem-se verificado que na última década, a procura de medicinas não convencionais por parte dos cidadãos tem-se intensificado. Infelizmente, o respeito e reconhecimento concedidos a estas terapêuticas são ainda limitados, pelo facto de haver pouca clarificação não só nos procedimentos, mas também na acreditação dos profissionais que as praticam.

Medicinas Alternativas VS Terapêuticas Complementares

Em todo o mundo praticam-se vários tipos de terapias alternativas, criando confusão nas várias nomenclaturas existentes; «alternativa», «complementar» e «não convencional».

A Ordem dos Médicos da Grã-Bretanha, num relatório sobre terapias complementares, sugeria as seguintes definições: “outros sistemas de tratamento não muito usados pelos médicos convencionais” e “sendo os termos complementar, não convencional, natural, alternativa ou, não ortodoxa, usados de forma geral com o mesmo significado”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere uma definição de forma abstracta para as medicinas alternativas: “as medicinas não convencionais abrangem todas as terapias que não são utilizadas pela medicina convencional”
A diferença entre os termos «alternativa» e «complementar» é simples. Se um clínico de medicina convencional ou não convencional utilizar exclusivamente terapias alternativas, ele está a proceder a terapêutica «alternativa» em detrimento da ortodoxa ou convencional. Se por outro lado, o paciente estiver a ser normalmente seguido pelo seu médico convencional, por exemplo num problema músculo-esquelético, estando a tomar medicamentos prescritos pelo mesmo, mas recorrendo a um clínico osteopata, que trata problemas dos componentes mecânicos músculo-esqueléticos, o doente recorreu a uma terapia «complementar» à convencional.

Portugueses cada vez mais “alternativos”

Em todo o mundo, tem havido um aumento da popularidade das medicinas alternativas, desde o Japão aos Estados Unidos da América, passando pelo norte da Europa até à Africa do Sul, Oceânia e América do Sul.

Em Portugal, a procura por parte dos cidadãos de terapias naturais intensificou-se nos últimos dez anos, levando o estado português a ponderar na elaboração de uma lei que enquadrasse as actividades das medicinas alternativas, bem como do exercício dos seus profissionais. A Lei nº 45/2003, de 22 de Agosto, faz o enquadramento base das terapêuticas não convencionais, estabelecendo as terapêuticas reconhecidas, bem como da acreditação dos seus profissionais.
A referida lei reconheceu como terapêuticas a Acupunctura, Osteopatia, Homeopatia, Naturopatia, Fitoterapia e Quiropráxia e considerou que estas terapêuticas partem de base filosófica diferente da medicina convencional aplicando processos específicos de diagnóstico e terapêuticas próprias. É ainda reconhecida autonomia técnica e deontológica aos profissionais que as praticam, sendo o Ministério da Saúde o organismo que tutela e efectua a credenciação profissional.Ameaça à medicina tradicional?

De dia para dia, há mais pessoas a recorrer a diferentes terapêuticas não convencionais. Descrença na medicina convencional? Estamos em crer que não. Existe sim, uma maior consciencialização sobre o papel importante que as terapêuticas não convencionais têm vindo a desempenhar na resolução de várias patologias.
A tendência nos últimos anos tem sido a de uma maior responsabilidade assumida pelas pessoas, em relação à sua própria saúde. Actualmente, a procura por terapêuticas não convencionais está também relacionada com o medo dos efeitos secundários prejudiciais de alguns medicamentos prescritos, levando as pessoas a procurar terapias alternativas ou complementares sempre que possível.
Destaque:

Se necessitar de recorrer a uma terapêutica não convencional deve procurar um profissional devidamente qualificado. Só assim estará a contribuir para uma melhor defesa da sua saúde.

terça-feira, 8 de abril de 2008

IRIDOLOGIA: O que é?


Nenhum ditado popular poderia dar mais ênfase à Iridologia do que "Os olhos são o espelho da alma". Esta prática leva o ditado um passo mais longe, considerando que são também um completo espelho do corpo.

A Iridologia não é uma terapêutica, mas sim uma elaborada forma de diagnóstico.

A observação dos olhos é tão velha como a medicina, mas apenas no século XIX uma curiosa relação entre um mocho e um médico húngaro, Ignatz Von Peczely (1826-1911), a transformou numa teoria organizada de identificação de doenças. É uma história curiosa, que vale a pena conhecer.

A Iridologia baseia-se no princípio de que qualquer alteração ao equilíbrio físico ou psíquico se reflete na iris, através de manchas, riscos, ou mudanças de coloração.

Existem mapas detalhados que dividem a iris em zonas correspondentes aos orgãos e às várias partes do corpo.

São consideradas seis áreas concêntricas, a partir da pupila, a mais central das quais se relaciona com o estômago; a segunda com os intestinos, a terceira com os sistemas nervoso, circulatório e linfático; a quarta com glândulas e vários orgãos, a quinta com o sistema muscular e os ossos e a mais exterior com a pele e os orgãos de eliminação.

Para além destas áreas, divide-se a iris de uma forma radial, como um relógio, o que resulta num mapa muito detalhado a que corresponde o estado de toda e cada parte do nosso corpo e da nossa fisiologia.

O olho esquerdo reflete a parte esquerda do corpo, o direito a oposta; a parte superior da iris reproduz o estado da parte superior do corpo, a inferior o da parte inferior. Vários orgãos refletem-se em ambos os olhos.

Considera-se que as manchas escuras representam doenças ou orgãos deficientes, enquanto que as claras indicam inflamações ou sobre-estimulação, stress, nervosismo, infelicidade. Uma orla escura à volta da iris significa acumulação de toxinas por deficiência de eliminação.

Pela observação dos olhos pode, assim, determinar-se o que não está bem, com surpreendente exactidão.

SHIATSU: O que significa?


A palavra SHIATSU é japonesa e significa pressão ( "ATSU" ) com os dedos ( "SHI" )


O Shiatsu é uma terapia oriental de reequilíbrio físico e energético. Usualmente é definido como uma "massagem" oriental mas é muito mais do que isso. Actua através de pressões que são aplicadas em determinadas áreas e pontos do corpo humano, efectuadas, fundamentalmente, pelos polegares, dedos e palmas, sem o uso de qualquer instrumento mecânico ou de outro tipo, corrigindo disfunções internas, promovendo e mantendo a saúde e tratando doenças específicas.


Entre os diversos benefícios que o SHIATSU apresenta para o organismo, poderão destacar-se:



Flexibiliza a pele
Melhora do sistema circulatório
Flexibiliza o sistema muscular
Ajuda à recuperação do equilíbrio do sistema ósseo
Facilita as funções do sistema digestivo
Melhora o controlo do sistema endócrino
Regula as funções do sistema nervoso



O SHIATSU é, de facto, usado por profissionais de saúde para curar doenças, normalmente em combinação com outras terapias orientais. Para curar doenças, porém, o SHIATSU isolado é uma técnica limitada. É de maior utilidade para elevar o nível de energia do paciente, regular e fortalecer o funcionamento dos órgãos e estimular a resistência natural do corpo às doenças. É verdade que o SHIATSU alivia dores no corpo e resolve pequenos distúrbios orgânicos, mas o seu grande potencial está em tornar o paciente consciente do seu próprio "corpo". E o "corpo" não é apenas o corpo físico, armazenando igualmente emoções e sentimentos, reflectindo também nosso estado emocional.



O SHIATSU, sendo uma terapia oriental, baseia-se nos princípios da medicina oriental onde a saúde é uma questão de equilíbrio entre as diversas forças existentes no organismo humano. Não se preocupa em eliminar a doença directamente, mas em normalizar a energia vital do paciente, criando, assim, condições ao organismo para eliminar a enfermidade através dos seus próprios meios, sendo dado ênfase à saúde e não à doença.



A energia vital, designada de "KI" no oriente, é a energia básica da vida de todos os seres vivos, incluindo o homem. A energia KI flui pelo corpo humano de forma regular, formando canais que são designados de "meridianos" de energia que são a base da medicina oriental. Sendo o livre fluxo de energia pelo nosso corpo essencial para a saúde física, intelectual e emocional, sempre que existem perturbações nesse fluxo, designadamente acumulação ou défice de KI em determinadas zonas do corpo, criam-se condições que afectam o nosso estado de saúde, podendo originar o que conhecemos como "doenças".



Assim, os terapeutas actuam nos meridianos com vista ao reequilíbrio energético, designadamente nos chamados pontos de pressão, com a designação em japonês de "TSUBOS", que são pontos que condensam a energia KI e nos permitem contactar e actuar sobre a energia dos meridianos de uma forma mais intensa. Do ponto de vista científico, os TSUBOS são pontos que apresentam baixa resistência eléctrica, ou seja, são bons condutores eléctricos, podendo ser utilizados tanto para diagnóstico como para tratamento, reflectindo o funcionamento interno do sistema corporal. Este conceito de actuação nos meridianos energéticos, designadamente através dos TSUBOS, é utilizado na ACUPUNCTURA que utiliza agulhas colocadas em pontos ao longo dos meridianos, na MOXIBUSTÃO em que se aplica calor sobre os pontos dos meridianos escolhidos e no SHIATSU onde se aplica pressão sobre esses pontos e meridianos.



O traçado dos meridianos e localização dos TSUBOS são conhecidos desde tempos antiquíssimos, tendo sido descobertos através da experiência prática (de forma empírica) e mais tarde confirmados pelas pesquisas cientificas modernas.



Os meridianos são representados por uma grande linha de energia que sobe e desce percorrendo o corpo humano da cabeça aos pés, formando uma trilha que pode ser aprendida e utilizada de forma sistemática. Essa linha é dividida em 12 pedaços, sendo cada pedaço um meridiano, relacionado com determinadas funções orgânicas e certas características psicológicas ou emocionais. Na sua maioria os meridianos têm o nome do órgão que ocupa lugar de destaque dentro das funções a eles ligadas, mas atente-se que o meridiano não é (ou não representa exclusivamente) o órgão. Para além deste sistema básico de 12 meridianos, os quais são pares, ou seja, reproduzem-se simetricamente nos dois lados do corpo, são utilizados mais 2 meridianos impares que se situam no eixo do corpo (estes dois meridianos impares em SHIATSU são designados de "ARTÉRIAS").



Os 12 meridianos (pares) do sistema básico são os seguintes:


Pulmões
Mestre do Coração/Pericárdio/Circulação-Sexo
Coração
Intestino Delgado
Triplo-Aquecedor
Intestino Grosso
Baço-Pâncreas
Fígado
Rins
Bexiga
Vesícula Biliar
Estômago



As duas artérias (meridianos impares) são o Vaso-Concepção na parte anterior do corpo e o Vaso-Governador na parte posterior do corpo.

FITOTERAPIA: O que significa?


A fitoterapia é um método terapêutico que utiliza as plantas, mais exactamente, a parte activa das plantas. A sua origem é conhecida desde tempos remotos. A arqueologia trouxe à luz recentemente textos escritos há mais de 4000 anos, descrevendo as propriedades das plantas medicinais. Como terapêutica empírica tradicional, as plantas foram durante muito tempo o único tratamento posto pela natureza ao serviço do homem. Este método terapêutico é ainda muito utilizado na China. No Ocidente o uso das plantas caiu em desuso, no entanto, nos últimos tempos volta-se a verificar um crescente interesse nestes medicamentos. Isto deve-se aos avanços que se verificaram na sua obtenção e modo de utilização, sendo estes cada vez mais científicos e menos empíricos.


Os medicamentos "clássicos" e "químicos", são frequentemente colocados em oposição à fitoterapia. Existe, contudo, lugar para cada um deles no arsenal terapêutico que dispomos hoje em dia. Se, por um lado, é verdade que a farmácia "clássica" ocupou durante quase um século um lugar de destaque, com os excelentes resultados que ela permitiu obter em numerosos domínios, por outro, ela foi, pouco a pouco, deixando aparecer efeitos secundários indesejáveis, por vezes mesmo nefastos, que incitam hoje em dia à prudência. Eis porque, poderemos falar actualmente de dois tipos de medicamentos. Os medicamentos "de doença" cuja acção rápida e poderosa ajuda a curar uma forte afecção momentânea e os medicamentos "de saúde", resultantes da fitoterapia. O seu papel é propor tratamentos para manutenção da saúde, cuja acção mais suave ajudará a prevenir as doenças e a tratar os problemas crónicos, tais como, a artrose ou insónia, por exemplo. Assim, a fitoterapia age em profundidade, sem agredir o organismo e estimulando as defesas mais do que se substituir a elas. O resultado é uma acção eficaz, duradoura e sobretudo desprovida de efeitos secundários.



A eficácia dos medicamentos de fitoterapia assenta antes de mais na escolha das plantas que entram na sua composição e sobretudo em saber escolher com a maior precisão qual a parte mais activa da planta. Na parte activa da planta encontram-se substâncias em quantidades muito baixas que conferem as propriedades terapêuticas. É necessário fazer a extracção destas substâncias e concentrá-las com vista a obter o efeito terapêutico desejado.





Durante séculos, o Homem limitou-se a colher as plantas com uso medicinal no seu estado selvagem. Esta prática tornou-se impossível nos nossos dias por duas razões: as colheitas repetidas rapidamente esgotariam as espécies selvagens, a necessidade de obter variedades bem definidas por motivos de eficácia e segurança não seria compatível com a tarefa que a Natureza delega ao acaso dos crescimentos e das mutações. Tornou-se assim, necessário proceder à cultura das plantas medicinais. Esta cultura obedece a regras muito rigorosas:



Escolha precisa da espécie botânica mais rica em substâncias activas;


Escolha criteriosa da região de cultura no que respeita ao solo e clima mais adaptados ao desenvolvimento óptimo de cada planta;


Selecção dentro de cada região, de terrenos isentos de poluição;


Necessidade de um perfeito controle das culturas, afim de garantir a ausência de elementos estranhos. Isto implica a formação de agricultores no que respeita às técnicas de cultura biológicas das plantas medicinais;


Necessidade do controle desde o estado de cultura. Uma vez efectuada a recolha, a conservação deverá ser adaptada a cada planta de modo a preservar a sua actividade, mediante a aplicação de normas bem definidas.



Por fim as plantas são analisadas segundo técnicas modernas:


Verificação do teor em substâncias activas;
Verificação da ausência de pesticidas.





As substâncias activas de uma planta medicinal são componentes naturalmente presentes nessa planta e que conferem a actividade terapêutica. Este componentes encontram-se frequentemente em quantidades muito baixas, representando uma percentagem mínima do seu peso total. Numerosos medicamentos contêm substâncias activas extraídas de plantas. A cumarina, que se encontra no Meliloto é um anti-coagulante presente em muitos medicamentos. Torna-se então necessário proceder a uma extracção que permita isolar a fracção activa da planta, separando os seus elementos inactivos.





Tradicionalmente as plantas consumiam-se sob a forma de infusões. A planta é posta em contacto com a água quente e as substâncias activas assim extraídas e dissolvidas são melhor assimiladas pelo organismo. São as velhinhas tisanas. Os Chineses preferem a decocção em que a plantas é mantida em água á ebulição.


Actualmente a extracção faz-se por meio de um solvente adequado, nem sempre a água é o mais apropriado. A extracção da substância activa é feita por várias etapas que permitem obter um melhor rendimento.


O método inicia-se com a criotrituração. O processo consiste em pulverizar uma parte activa da planta seca, triturando-a a frio sob azoto líquido, a exactamente 196ºC. Obtém-se, assim, um pó perfeitamente fino e homogéneo. o pó integral. O frio é utilizado porque os estudos mostram que, sob a acção do calor libertado por uma trituração clássica, as vitaminas, as enzimas, as substâncias voláteis e numerosos princípios activos são deteriorados, o que não acontece com a criotrituração.


Um pó integral assim obtido poderá ser posto directamente em cápsulas. O interesse decisivo do pó integral face às outras formas existentes, é de respeitar todos os princípios activos da planta, para os levar, intactos, ao organismo. É assim, toda a riqueza da planta que se encontra contida numa cápsula. Estes princípios activos, bem como todos os constituintes da planta, agirão em sinergia para assegurar uma total eficácia.


Noutras situações é necessário proceder à extracção dos componentes activos e somente no final se coloca o extracto em cápsulas. Assim poderemos dispor de um menor volume, que constituí a parte essencial do vegetal. Além disso, libertadas do suporte vegetal as substâncias activas são melhor absorvidas pelo organismo



Processo de fabrico dos medicamentos naturais

Controlo de qualidade
Cultura da planta na região adequada: clima, solo, ausência de poluição, etc.
Selecção rigorosa
Criotrituração
Pó fino
Extracção por solvente específico
Extracto líquido
Concentração
Extracto concentrado
Secagem por vácuo
Extracto seco
Encapsulação
Cápsulas

NATUROPATIA: O que significa?


Os princípios da naturopatia moderna são originários da Alemanha e foram introduzidas nos EUA em 1892, pela mão do terapeuta alemão Benedict Lust, com base nos conhecimentos de Sebastien Kneipp, um padre que anos antes, alegadamente curara Lust através da hidroterapia. Kneipp fundou na Alemanha um centro de “cura pela água” para tratamento de doenças como a tuberculose, e ainda hoje é considerado o precursor da naturopatia. O termo naturopatia surgiu apenas em 1902, mas a sua etimologia é bem mais antiga: do grego pathos e natura, que literalmente significa doença da natureza. Baseando-se numa perspectiva holística do ser, a naturopatia pressupõe a capacidade de auto-cura do indivíduo, através de terapias naturais. Mais do que uma terapia, a naturopatia é uma filosofia de vida que se orienta por um estilo de vida saudável. O propósito da sua medicina é promover o processo de cura usando remédios naturais. De uma forma geral, podem resumir-se em três as grandes áreas da naturopatia: a educativa - que abrange o ensino da nutrição vital; a preventiva - que visa promover a higiene natural, como acção preventiva; e a curativa - através da utilização de bioterapias, como método de auto-cura.




Como actua um naturopata?

Os naturopatas defendem que os sintomas da doença são causados pelo esforço do próprio corpo, no sentido de se auto-curar, e que os medicamentos devem ser escolhidos em função do individuo e não apenas da doença. Na naturoterapia a prevenção é tão importante como a cura, por isso a acção do naturopata fundamenta-se na busca das causas e nas origens psicossomáticas da doença, nunca nos seus efeitos. Praticam uma medicina de interligação mente–corpo, e muitas têm experiência em outras técnicas, como acupunctura, hidroterapia ou homeopatia. O objectivo é levar o indivíduo a descobrir a razão dos seus males, proporcionando ao corpo a capacidade de auto-cura. Para isso, estimula as suas defesas naturais. Ao aplicar os princípios naturopatas de cura, os profissionais podem administrar um ou mais aparelhos, substâncias fisiológicas, mecânicas, nutricionais, manuais, fitoterápicas ou animais específicas. O objectivo final é remover obstáculos ao funcionamento normal do corpo, aplicando forças naturais para restaurar as suas capacidades de recuperação. Somente aquelas preparações e doses que actuam em harmonia com o corpo são utilizadas para alterar funções incorrectas, purificar o corpo de toxinas e promover seus processos metabólicos. Basicamente, os naturopatas trabalham com quatro categorias de medicamentos naturais:


a) Substâncias naturais com o mínimo de processamento: alimentação, ar puro, água pura e ervas naturais;


b) Agentes extraídos a partir de produtos naturais: extractos de plantas, tinturas, medicamentos homeopáticos, extractos glandulares (tiróide ou fígado) e outras substâncias de origem natural;


c) Substâncias medicinais com nível de processamento elevado: extractos de alimentos, vitaminas, minerais e aminoácidos;d) Medicamentos manufacturados: hormonas e vitaminas sintetizadas. São menos dispendiosos e podem proporcionar concentrações mais elevadas. (Fonte: “Saúde Natural aos 50”, Didática Editora, 2005)




Ar e Água

São dois elementos centrais da naturopatia. Os naturopatas defendem que o ar puro é essencial para a saúde e uma terapia para o corpo. A respiração pelo diafragma ajuda a expandir os pulmões, permitindo que uma grande quantidade de oxigénio entre no corpo. É por isso que os naturopatas recorrem a vários aparelhos para melhorar a qualidade do ar nas habitações, nomeadamente filtros para remover o pó e fungos, humidificadores ou desumificadores, que assegurem um nível óptimo da quantidade de vapor de água no ar, e ainda ionizadores para regular os iões. Os iões de carga negativa natural estão presentes no ar da montanha ou perto de quedas de água, sendo mais benéficos para a saúde do que os iões de carga positiva.


Também a água pode ser utilizada de várias maneiras para fins terapêuticos. A hidroterapia abrange várias técnicas, como a utilização de compressas locais, banhos quentes ou frios, duche, balneoterapia (com águas minerais e aplicação de lama) e terapia com turfa, uma substância que se crê ter propriedades anti-inflamatórias e anti-bacterianas. De uma forma geral, os benefícios da hidroterapia estão associados à melhoria de doenças de pele, artrite, desintoxicação, insónia, dores crónicas, circulação venosa e linfática.




Quem pode beneficiar de tratamento naturopático?

Sendo uma terapêutica holística, a naturopatia procura abranger uma vasta área de patologias, desde anemias, artrite, alergias, dores menstruais, stresse, problemas de pele, diabetes, menopausa, problemas de origem psicológica, osteoporose, patologias do tubo digestivo, desintoxicação do cólon, má circulação.

HOMEOPATIA: O que é?


Samuel Hahnemann foi um médico do séc. XVIII (1755 - 1843) que insatisfeito com a imprecisão e a ineficácia dos remédios da sua época, decide começar a fazer experiências acabando por criar a homeopatia. Esta baseia-se em dois princípios; o da similitude que diz que para curar uma doença, é necessário dar ao doente um remédio que, quando administrado num indivíduo saudável lhe provocaria os sintomas dessa doença. E o principio da diluição infinitesimal que diz que quanto mais diluída for a substância maior eficácia tem.


A homeopatia baseia-se no principio de que aquilo que provoca a doença também a cura ou na teoria de que o semelhante cura o semelhante. Assim usa doses mínimas de substâncias (as quais em doses normais provocariam doença - sintomas desta) para curar essa doença. As doses usadas são tão baixas, que há quem diga que já não existe qualquer partícula dessa substância no medicamento final mas o que se verifica é que ele mesmo assim é eficaz e a atestar isso está a forte expansão e reconhecimento que homeopatia está a ter em todo o lado.


Seja como for, a homeopatia baseia-se no facto de que basta mostrar ao corpo uma determinada substância para estimular nele as suas defesas contra essa doença, sendo assim ideal para todas as pessoas que não se querem sujeitar à tomada de medicamentos farmacêuticos ou que não os podem tomar devido aos seus efeitos colaterais.

OSTEOPATIA E QUIROPRÁTICA: O que são?


OSTEOPATIA


Medicina que lida com o sistema músculo-esquelético e cujo objectivo é reequilibrá-lo melhorando a postura e eliminando dores devido à manipulação das articulações, colocando-as nas suas posições mais correctas através do uso de manipulações e massagem. É sabido que as tensões se manifestam nos músculos tensionando-os e contraindo-os e que estes estão ligados aos ossos. Os músculos atravessam as articulações e são usados para as movimentar pelo que se pode ver que se houverem músculos tensos e contraídos a articulação é que sofre e as dores não tardam a aparecerem. Dores e problemas articulares devem-se sobretudo a músculos tensos que comprimem a articulação e os seus tecidos e que ainda levam os ossos a saírem dos seus lugares naturais e a comprimirem os tecidos vizinhos causando dor. A dor por sua vez faz com que os músculos se contraiam para impedirem os movimentos articulares para que não surja dor. Assim a articulação começa a ficar com movimentos reduzidos, a ser comprimida, a sofrer desgaste, a produzir mais dor, a acumular líquidos e a não fazer a respectiva drenagem o que só vai complicar a situação entrando assim num ciclo vicioso. A osteopatia tenta levar as articulações ao lugar, permitindo assim que se possa aumentar os movimentos e aumentar toda a circulação e drenagem dos líquidos trazendo assim maior bem estar e menos dores. O ideal é a pessoa fazer uso da osteopatia quando começam as primeiras dores e não deixar passar os anos, pois o tempo não cura, antes pelo contrário agrava as situações e aquilo que podia ser evitado passa a ser um problema muitas das vezes incapacitante e que não nos permite tirar o rendimento desejado da vida nem apreciá-la na sua totalidade.


QUIROPRÁTICA


Medicina manual que trata do sistema músculo-esquelético sobretudo da coluna com vista a melhorar todo o funcionamento corporal. Uma vez que é na coluna que passam e de onde saem os nervos para o controle do corpo, vê-se a importância das vértebras estarem correctamente alinhadas e sem comprimirem as raízes nervosas. Como se vê, se houverem raízes nervosas comprimidas, isso vai afectar o funcionamento dos órgãos internos com todas as consequências que isso acarreta. A quiroprática difere da osteopatia sobretudo na maneira de tratar as articulações onde as manipulações são diferentes e por se dedicar a tratar muitos dos problemas internos que têm origem na compressão das raízes nervosas ao nível da coluna.

ACUPUNTURA: O que é?



Há evidências de que a Acupuntura pode substituir o uso de remédios (sendo mais efetiva,
rápida, duradoura, sem dependência, sem efeitos colaterais importantes, com menor custo
financeiro ao paciente e ao sistema de saúde pública).
O uso da tomografia computadorizada (TC), da tomografia por emissão de pósitrons (PET),
da imagem de ressonância magnética (MRI) e da imagem de ressonância magnética funcional
(fMRI) apontam que a Acupuntura é eficaz (Cho et al, 2005).

QUESTÕES SOBRE ACUPUNTURA:

1) Efeitos colaterais?

Logo após a Acupuntura, alguns pacientes relatam sonolência e uma sensação de
relaxamento muito grande e isso, que para a grande maioria é uma qualidade, para outros pode
ser ruim, principalmente para os que precisam executar atividade que exija grande atenção (ex.:
pilotar avião).

2) Contra-indicações?

A) pessoa com fobia de agulha (nesse caso pode ser utilizado outro estímulo, como por
exemplo, laser); B) febre muito alta; C) esgotamento físico; D) estado de embriaguez; E)
distúrbios psicológicos graves (ex.: surto psicótico); F) jejum ou grave desnutrição; G) problemas
de sangramento (ex.: hemofilia, uso de anticoagulantes); H) situações de emergência (ex.: fratura
do crânio); I) indicação de intervenção cirúrgica (ex.: ataque cardíaco).

3) Sempre há dor?

Não. Os pacientes relatam várias sensações, como, por exemplo, “calor”, “peso”,
“distensão”, “choque”, “leve dor”, “formigamento”. O importante é que todas essas sensações
passam em menos de 05 segundos após a inserção da agulha.

4) As agulhas transmitem doenças?

Não. Todas as agulhas são: 1) descartáveis; 2) esterilizadas; 3) de uso único. Além disso,
antes de inserir as agulhas, o acupunturista faz a higienização: 1) de suas mãos e 2) do local de
inserção das agulhas.

5) Doenças tratáveis?

A “Organização Mundial de Saúde” (WHO, 2002) publicou um documento que divulgou os
resultados científicos da Acupuntura em comparação com o tratamento convencional (remédio)
para 147 doenças. Cito alguns desses achados:

• Acne - Desapareceu em 59% dos casos após 10 dias de tratamento.

• Álcool - Diminui a necessidade de ingerir álcool.

• Ansiedade - Eficácia superior à medicação convencional (mas sem efeitos colaterais).

• Arteriosclerose - Aumento da memória, da inteligência e da capacidade de cuidar de si
mesmo em 68% dos casos.

• Asma - Efeito antiasmático em 93% dos casos e maior ventilação pulmonar em 68%.

• Ataque súbito de surdez - Eficácia em 90% dos casos após 2 semanas.

• AVC (seqüela) - Dificuldade de articular palavras. Eficácia em 90% dos casos.

• Cirurgia cerebral - Cura dos sintomas pós-operatórios em 86% dos casos.

• Cocaína - Diminuição dos sintomas da abstinência em 44% dos casos.

• Cólica estomacal e intestinal - Alívio da dor em 98% dos casos.

• Cólon irritado - Melhora significativa em 93% dos casos.

• Convalescença - Efeito analgésico superior e mais rápido que a medicação
convencional no pós-operatório.

• Depressão - Eficácia similar à medicação convencional (mas sem efeitos colaterais).

• Desintoxicação de álcool - Redução do álcool no sangue.

• Desintoxicação de tabaco - Redução da concentração de nicotina.

• Dor de cabeça - Alívio imediato em 80% dos casos.

• Dor lombar - Eficácia em 72% dos casos (superior à medicação convencional).

• Dor menstrual - Melhora em 91% dos casos.

• Dor nos olhos - Eliminação da dor em 90% dos casos.

• Ejaculação precoce - Eficácia em 83% dos casos.

• Enxaqueca - Eficácia em 80% dos casos.

• Esquizofrenia - Eficácia superior à da medicação convencional (78% dos casos).

• Excesso de gordura no sangue - Diminuição em 90% dos casos.

• Heroína - Diminuição dos sintomas da abstinência (anorexia, suor espontâneo e insônia)
e redução da freqüência do uso.

• Hiperacidez no estômago - Eficácia em 95% dos casos.

• Hipertensão - Eficácia similar à medicação convencional (mas sem efeitos colaterais).

• Hipotensão - A pressão foi normalizada em 95% dos casos.

• Lactação deficiente - Aumento da lactação em 92% dos casos.

• Impotência sexual (não orgânica) - Eficácia em 60% dos casos.

• Infecção urinária recorrente - Desobstrução do trato urinário em 85% dos casos.

• Infertilidade - Eficácia em 75% dos casos.

• Inflamação na próstata - Alívio dos sintomas e melhora das funções sexuais superior à
medicação convencional.

• Insônia - O sono foi totalmente normalizado em 98% dos casos.

• Obesidade - Supressão do apetite em 95% dos casos.

• Policisto no ovário - Cura obtida em 94% dos casos.

• Reações à radioterapia e/ou quimioterapia - Náuseas, vômitos e falta de apetite foram
eliminadas em 93% dos casos.

• Rinite alérgica - Eficácia em 97% dos casos (superior e mais duradoura que a
medicação convencional).

• Retardo mental - Aumento de 21% no QI (inteligência) e de 18% na adaptação social.

• Síndrome do estresse competitivo - Eficácia em 93% dos casos.

• Tabaco – Diminuição da vontade de fumar em 13% dos casos. Redução no hábito de
fumar em 20% dos casos. Redução no prazer de fumar em 70% dos casos.

• Tontura - Eficácia em 75% dos casos.

• TPM - Alívio completo dos sintomas, sem recorrência por 6 meses, em 92% dos casos.
• Úlcera - Eficácia em 97% dos casos.

quarta-feira, 19 de março de 2008

quarta-feira, 12 de março de 2008

quinta-feira, 6 de março de 2008